Entrevista com o engenheiro ambiental Thiago Edwiges

O engenheiro ambiental Thiago Edwiges, professor do curso de Engenharia Ambiental e Tecnologia em Gestão Ambiental na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), especialista em engenharia de segurança do trabalho pela PUCPR e mestre em Energia na Agricultura pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), fala sobre o Curso de Projeto e Operação de Aterros Sanitários da Associação Brasileira de Limpeza Pública ? ABLP e comenta a inserção dos engenheiros ambientais no mercado de trabalho.

thiago edwiges


APEAM – Fale-me um pouco sobre a importância do Curso de Projeto e Operação de Aterros Sanitários para os engenheiros ambientais.

Thiago Edwiges – O curso sobre aterros sanitários ocorreu em São Paulo/SP e foi ministrado pela Associação Brasileira de Limpeza Pública – ABLP. O curso dá uma visão prática e atual das alternativas viáveis para o tratamento e a disposição final dos resíduos sólidos urbanos e da legislação que disciplina o setor e estuda os aterros sanitários desde o seu licenciamento ambiental até a sua implantação e operação.

 

APEAM – Por que você se interessou por este curso?

Thiago Edwiges – Eu me interessei pelo curso, pois começo no próximo semestre a ministrar uma disciplina sobre gestão e tratamento de resíduos sólidos e pretendo reunir os conhecimentos adquiridos na graduação e pós-graduação com os debates acerca do tema que estão ocorrendo em todo o País, desde que a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi aprovada.

 

APEAM – Quais foram as maiores dificuldades encontradas no mercado de trabalho?

Thiago Edwiges – Nunca encontrei grandes dificuldades, pois busquei sempre me atualizar a partir de cursos de extensão e pós-graduação e também estar em contato direto com engenheiros ambientais, que compartilham oportunidades de trabalho e estudo sempre que possível. Porém, acredito que uma das maiores dificuldades seja encontrar vagas específicas para Engenheiro Ambiental, visto que as atividades específicas desta área de atuação ainda são exercidas por uma gama de profissionais das mais diferentes áreas, e, diferente de áreas mais consolidadas da engenharia, a ambiental não possui todos os processos efetivamente definidos e padronizados em todos os estados e municípios e, assim, cabe ao Engenheiro Ambiental criar o seu espaço e abrir o mercado para os novos engenheiros que estão chegando.

 

APEAM – A Engenharia Ambiental é relativamente nova no mercado de trabalho brasileiro e também, dentre as demais engenharias, a que mais tem potencial de crescimento. O que você acha que esta faltando para que este fato seja concretizado?

Thiago Edwiges –Tanto no Brasil, quanto no exterior, tenho visto notícias e rankings colocando a Engenharia Ambiental como uma das profissões mais promissoras. Especificamente em nosso País, temos campos de trabalho que precisam ser ampliados para que efetivamente possamos ser comparados aos países desenvolvidos, como o saneamento ambiental dos municípios, o licenciamento e a gestão ambiental de organizações, a gestão dos nossos recursos naturais e, em maior destaque recentemente, o gerenciamento das grandes obras em andamento para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Hoje, já temos bons cursos de graduação e pós-graduação no país, assim como legislações que estão exigindo maior comprometimento do setor público e privado para as questões ambientais e a combinação de todos estes fatores cria um ambiente perfeito para a inserção dos engenheiros ambientais no mercado.

 

APEAM- Qual a importância da APEAM para o fortalecimento da categoria?

Thiago Edwiges – A Associação tem papel fundamental para promover o debate de questões referentes ao mercado de trabalho, atuação e necessidade de novas regulamentações para a questão ambiental.

 

APEAM – Para finalizar, qual recado você gostaria de deixar aos futuros Engenheiros Ambientais?

Thiago Edwiges – Que busquem desenvolver seus conhecimentos técnicos e aprimorar suas competências pessoais, visto que o mercado tem exigido características específicas como mobilidade nacional e internacional, criatividade, capacidade de resolução de problemas e de trabalho em equipe e quem puder oferecer tal capacidade sai na frente para concorrer a uma posição de destaque.

Entrevista com o engenheiro ambiental Thiago Edwiges

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